Jogos Antigos #1 - Brigandine: The Legend of Forsena
Pessoal, hoje venho lhes trazer esse mais novo quadro do SideQuest, no qual iremos falar sobre bons jogos antigos (pois muita gente ainda curte esses jogos old school), aqui iremos falar sobre vários games, alguns conhecidos, outros nem tanto, mas que mesmo nos dias de hoje conseguem nos divertir mais do que a grande parte dos jogos que são lançados por aí. Para começar irei falar sobre um jogo de JRPG estratégico, que foi lançado para Playstation no ano de 1998 (vocês podem ver a capa do jogo acima).
Brigandine foi chegou as lojas após o lançamento (e sucesso) de Final Fantasy Tactics para Playstation, mas o jogo acabou nunca alcançando o mesmo sucesso de seu concorrente. Mas será que foi realmente porque o jogo tem uma qualidade muito inferior? Continue lendo a matéria, pois passarei minhas impressões do jogo para vocês e tentaremos chegar a um veredito.
A história
A história de Brigandine se passa no mundo de Forsena (The Legend of Forsena né...), que é um mundo dividido em 6 reinos: Caerleon, Iscalio, Leonia, Padstow, Almekia e Norgard. O jogo começa após um dos generais de Almekia, chamado Zemeckis, e seu braço direito Cador promoverem uma rebelião e assassinarem o rei Henguist. Após esse fato ele assume o poder e muda o nome do reino para Esgares Empire. Desnecessário dizer que a partir disso os outros reinos passam a ver Zemeckis como um rei maligno e perigoso e passam a tratá-lo como uma ameaça a ser combatida.
Os Reinos
Em Brigandine você irá escolher um dentre cinco reinos disponíveis para jogar, com um sexto podendo ser desbloqueado por um truque. Ao assumir um dos reinos você passa a ser o rei e controlar suas decisões, sendo que cada reino possui o seu personagem, e iremos falar sobre eles:
Príncipe Lance
New Almekia: O reino é governado pelo príncipe Lance, que é o filho do rei Henguist. Após o acontecimento que resultou na morte de seu pai, ele fugiu para o reino de Padstow, que se mantinha fiel ao antigo reino de Almekia. O rei Coel viu bastante potencial de liderança em Lance, porém como ele já possuía um herdeiro resolveu escolher quem iria lhe suceder fazendo uma pergunta aos dois. Coel perguntou aos dois o que você mais precisa para ser um bom governante. Meleagant (seu filho) disse que é a autoridade que te faz um bom governante, já Lance disse que é a confiança. Por Lance responder corretamente, o rei Coel abdicou de sua liderança e nomeou o jovem príncipe como o novo líder de Padstow, que passou a se chamar New Almekia (em homenagem ao antigo reinado). Após isso Meleagant resolve unir forças com Zemeckis para se vingar de Lance e de seu pai. Agora Lance luta para restaurar a paz no continente e recuperar o que lhe foi tomado.
Cai
Caerleon: O líder de Caerleon é Cai, um silencioso e sábio Rei. Caerleon sempre foi leal a Almekia, e cria uma aliança com New Almekia logo no começo do jogo. Ele é auxiliado por sua irmã mais nova, Merriot, e seu braço-direito Dinadan. O principal objetivo de Cai é auxiliar Lance a recuperar o seu trono.
Lyonesse
Leonia: Lyonesse é a jovem rainha de Leonia, um país cheio de padres, cardiais e clérigos em geral. Mesmo sendo um país neutro, Leonia declara guerra a Norgard no começo do jogo devido ao mau comportamento de Vaynard em uma conferência. Apesar de Leonia não possuir muitos recursos militares, o objetivo de Lyonesse e seus seguidores é conseguir restaurar a paz no continente.
Vaynard
Norgard: Norgard está muito fraco depois de uma guerra recente contra Almekia, mas possui um jovem e ambicioso rei, Vaynard. Mesmo o antigo rei tendo uma filha, Vaynard foi o escolhido para lhe suceder. O golpe de estado promovido por Zemeckis deu a chance que Vaynard queria para tentar recuperar o poder e o prestígio do seu reino.
Dryst
Iscalio: Iscalio é um reino muito caótico. Liderado pelo rei louco, Dryst, ninguém sabe ao certo o que acontece por lá. Festas selvagens e celebrações parecem ser constantes no reino. Com guerreiros vestidos de palhaços, caras com nomes toscos (Daffy por exemplo) e um tirano louco como líder, Iscalio tem um quadro de guerreiros bem estranho. Mas o pobre Dryst não é uma má pessoa, tudo o que ele quer é conquistar todos os outros reinos, que mal há nisso?
Esgares Empire: Liderados pelo Imperador Zemeckis, é cheio de cavaleiros leais tão malignos quanto ele. Também é cheio de pessoas que lutam contra sua vontade. Esgares é um reino que você só pode tornar jogável com uma sequência (apertando L1, L2 e start na tela de seleção de reino), portanto sua história foi toda já contada na história de New Almekia, visto que o grande plot do jogo é a luta entre Zemeckis e Lance.
Os personagens principais, da esquerda pra direita: Zemeckis (Esgares Empire), Cai (Caerleon), Lance (New Almekia), Lyonesse (Leonia), Lord Vaynard (Norgard) e Dryst (Iscalio)
Como vocês puderam perceber lendo as histórias dos reinos, a parte mais interessante do jogo é essa guerra travada entre New Almekia e Esgares Empire. Não que a história seja o ponto forte do jogo, ela é bem básica e clichê. Ao meu ver o jogo pecou na construção do background dos outros reis, dando muita ênfase nessa disputa entre Lance e Zemeckis, e esquecendo de criar motivações e histórias de fundo melhores para os outros personagens. A parte legal da história é que durante o jogo você pode mandar seus generais para algumas sidequests que rendem algumas histórinhas legais e que também durante o jogo a história (por mais que você tenha outro reino que não seja o de Lance) vai se desenvolvendo em um ritmo legal. Mas volto a lhes falar, a história NÃO é o ponto forte do game, ou seja, se você é um player que só se preocupa com história, passe longe desse game.
O jogo
O sistema do jogo é bem interessante, você tem o mapa princípal com vários castelos representando as cidades dos reinos, e cada reino começa com um número X de castelos. O seu objetivo é ir dominando os castelos de seus inimigos até não sobrar nenhum. Tudo isso funciona por turnos, sendo que cada turno é composto por 2 fases, a fase de preparo e a fase de ação. Na fase de preparo você pode invocar mais monstros (sim, os reis são summoners e suas tropas são compostas pelos seus generais e monstros que você invoca com mana) para suas tropas e movimentar as tropas pelo mapa (de um castelo a outro por exemplo) e tomar todas as decisões estratégicas. Já na fase de ação, você escolhe quais castelos atacar (se quiser ficar somente na defesa é só pular essa fase).
Tela de movimentação das tropas
A parte do combate é muito interessante. Primeiro porque o "tabuleiro" é hexagonal, o que te dá mais opções de ângulos de ataque (não somente a de 4 lados, como na maioria dos RPG's estratégicos). Segundo pelo design das tropas, que tem um bom gráfico 2D durante a movimentação e um belo gráfico 3D (pra época tá) na hora do ataque. Para os que não entenderam, você se movimenta como em um RPG estratégico clássico (igual na tela acima) e escolhe as ações dos personagens, e na hora que o jogo vai mostrar o ataque ele o faz em 3D (igual na tela abaixo).
Seus monstros e generais vão ganhando nível a medida que você derrota algum monstro em batalha com eles, mais um valor para todos em caso de vitória no combate, mas caso algum monstro seu (por mais evoluído que esteja) morra em batalha, essa morte será permanente. A exceção fica por conta dos generais, que não morrem, mas recuam feridos para a capital do seu reino. Seus monstros a medida que aumentam de nível podem ir evoluindo, tipo uma evolução de pokémon mesmo, se você invoca um dragão, por exemplo, depois de um tempo ele pode se transformar em um poderoso Bahamut, alguns monstros te dão até uma opção de escolha para a evolução. Já os generais, quando chegam ao level de evolução, você pode escolher uma classe mais forte para eles.
Tela de ataque
Avaliando
Toma isso, monstro modafóca
A primeira vez que joguei esse jogo (em meados de 2003/2004) eu passei vários dias seguidos jogando-o, pois apesar das falhas na história, o sistema é bem viciante, sério, é muito legal você ficar bolando estratégias para tentar derrotar o reino inimigo. Claro que a história não chega nem aos pés de Final Fantasy Tactics, mas ao meu ver o sistema de combate está bem próximo de seu concorrente e creio que quem curtiu o FFT, vai curtir Brigandine também.
E você, já jogou? Pretende jogar? Gostou ou não? Deixe suas opiniões nos comentários.
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