Resenha do filme O Lobo de Wall Street


Movido pelas atuais “especulações” de que DiCaprio finalmente ficaria com a estatueta de melhor ator nessa edição do Oscar, resolvi assistir o filme que poderá consagrar Leonardo ainda mais no cenário do cinema mundial. O longa em questão é “O Lobo de Wall Street”, dirigido por Martin Scorsese, lançado nos EUA no final de 2013 e no Brasil em meados de janeiro de 2014. Não sei exatamente qual é a classificação indicativa do filme, mas creio que se não for, deveria ser para maiores de idade (sim, posso parecer moralista e quadrado², mas não gostaria que meu filho de 13, 14 anos assistisse quase três horas de nudez e consumo excessivo de drogas. Sim, sei que as “crianças” de hoje em dia manjam de todos esses paranauês, mas enfim... DEAL WITH IT). Leia a resenha por sua conta e risco, porque pode haver spoilers.

O filme conta a história de Jordan Belfort, um jovem que começou do zero a carreira de corretor em Wall Street e que construiu um verdadeiro império. Inicialmente, Jordan entra no negócio em uma espécie de estágio de 6 meses, e se mostra extremamente entusiasmado, pensando em seu crescimento profissional e pensando também que todos poderiam lucrar: os corretores e os clientes que investiam. Logo no começo essa falsa percepção de Wall Street é quebrada por Mark Hanna (Matthew McConaughey), que é antigo nos negócios e diz que o importante é fazer dinheiro para si, o cliente que se fod@#%! (palavras dele, não matem o mensageiro). 

Mark diz que só consegue viver naquele mundo de números, pressões diárias e outras coisas consumindo religiosamente grandes porções de drogas. Após esse período de estágio, Jordan é contratado, mas logo em seu primeiro dia como corretor acontece um fato chamado “Black Monday”, que faz com que as bolsas de vários países caiam repentinamente. Ou seja, Jordan começa e termina sua aventura em Wall Street em um piscar de olhos. Como estava desempregado, ele aceita trabalhar em uma pequena firma do mesmo ramo, uma empresa quase de fundo de quintal onde lidaria com ações de baixo valor. 

Flws flws Keanu Reeves, estou indo buscar meu Oscar!


É nesse cenário que Belfort percebe a potencialidade desse tipo de negócio direcionado a investidores pequenos, onde os lucros para o corretor eram de nada mais nada menos do que 50% do valor da venda, ou seja, se ele conseguisse vender dez mil dólares, sua comissão seria de cinco mil, muito diferente do formato das comissões em Wall Street, que eram de apenas 1%. Nessa nova empreitada em sua carreira, Jordan conhece alguns “caipiras” extremamente “loucos” que acabam ajudando-o a formar seu império, a Stratton Oakmont. Donnie (Jonah Hill) participa ativamente do filme sendo o braço direito de Jordan. Eles se conheceram porque moravam no mesmo prédio, e o carro de Jordan chamou sua atenção. Quando Donnie vê que Jordan ganha muito dinheiro, ele se oferece para trabalhar com ele sem pensar duas vezes (literalmente ele larga o emprego ao saber que Jordan faturou 70 mil dólares naquele mês). A fortuna construída por Jordan e por seus colaboradores era de base ilegal, mas eles acabavam passando quase despercebidos. Em meio a essa nova empreitada juntamente com Donnie, Jordan começa a usar drogas e se torna rapidamente um usuário “classe A”. A fortuna dele se destina a ostentar e usar drogas, ah, é claro, eles também fazem muito sexo, mas muito sexo mesmo. A base da história é essa, mas em resumo, são quase três horas de sexo, consumo de drogas, violação de leis, sexo, consumo de drogas, violação de leis, sexo, consumo de drogas e violação de leis.

Quantos likes Oscar esse guerreiro merece? :v

O que vocês podem estar pensando é: o filme é ruim? DiCaprio merece ou não o Oscar? Então, minha opinião sobre é clara e objetiva: o filme é muito bom, mas não tem um tom grande de inovação. Pode-se dizer que é mais uma história de um cara que ganhou muita grana de forma ilícita e que é usuário de drogas, ponto. O que não tira nada do mérito da produção. São quase três horas que nos instigam a assistir mais e mais sem acusarmos nenhum tipo de cansaço. O final não é surpreendente e da metade para o fim dá quase para adivinhar o que vai acontecer, ou Jordan acaba muito bem ou muito mal. A atuação do Leonardo foi muito boa, mas muito boa mesmo. O longa tem alguns tons de comédia que são interessantes e tons maiúsculos de frenesi. DiCaprio tem uma coisa peculiar em suas atuações, mesmo quando não atua bem (quando isso minha gente?) ele tem um ar naturalmente convincente (diferente do Nicolas Cage :v).

O papel que ele fez é de um milionário ostentador, problemático e egocêntrico, e ele o fez com maestria. Não assisti todos os filmes que estão concorrendo ao Oscar esse ano, mas se me perguntassem se por esse papel, não existindo outros concorrentes, ele deveria ganhar a premiação de melhor ator... eu digo que sim. Pois é um papel que de certa forma mistura tudo de melhor que o DiCaprio pode oferecer, uma espécie de mix de personagens em um só. Não sei se o “vazamento” de seu nome como ganhador do prêmio de melhor ator é verdadeiro, mas não só pelo conjunto da obra, também em especial por esse filme... Academia: dê o Oscar para ele, please.

Em resumo, o filme é bom, mas não inova em nada, a atuação é muito boa e merece prêmio. 
Da minha parte era isso, espero que vocês tenham gostado, grande abraço e.......tchau.