Resenha Dragon's Crown PSVita
Vamos começar indo direto ao ponto: Dragon's Crown (DC) é Dungeons & Dragons: Shadow over Mystara Ultra HD Remix, e isso é um tremendo elogio!
Para quem não sabe, a Capcom desenvolveu dois beat'em ups baseados na série D&D, Tower of Doom e Shado over Mystara, mas até pouco tempo atrás estes jogos estavam renegados aos antigos arcades CPS2, ou aos emuladores. Ano passado eles foram relançados pelas mãos da Iron Galaxy. A mesma empresa que cuidou das novas versões Darkstalkers Ressurection e Street Fighter III 3rd Strike. Inclusive, o trabalho da Iron Galaxy em Chronicles of Mystara, nome dado ao pacote com os dois beat'em ups, foi, na minha opinião, o melhor deles com a Capcom até agora, e o único que recebeu um port para PCs. É um trabalho que realmente recomendo, e vou falar dele depois, mas agora, vamos é hora de Coroas & Dragões.
Quando olhamos para os trabalhos da Vanillaware, vemos uma empresa que decidiu trabalhar com um tipo específico de jogo, e assim ela foi refinando essa fórmula a cada novo título. Muramasa Rebrth e Dragon's Crown são dois extremos desse refinamento, mas, enquanto Muramasa Rebirth era para apenas um jogador e com foco em uma narrativa mais desenvolvida, além de um esquema de luta em apenas um único plano, Dragon's Crown é centrado na experiência multi-jogador, com uma narrativa que serve apenas como um pano de fundo para que você mergulhe nos cenários em busca de dezenas de inimigos diferentes que precisam ser exterminados o quanto antes.
Quando olhamos para os trabalhos da Vanillaware, vemos uma empresa que decidiu trabalhar com um tipo específico de jogo, e assim ela foi refinando essa fórmula a cada novo título. Muramasa Rebrth e Dragon's Crown são dois extremos desse refinamento, mas, enquanto Muramasa Rebirth era para apenas um jogador e com foco em uma narrativa mais desenvolvida, além de um esquema de luta em apenas um único plano, Dragon's Crown é centrado na experiência multi-jogador, com uma narrativa que serve apenas como um pano de fundo para que você mergulhe nos cenários em busca de dezenas de inimigos diferentes que precisam ser exterminados o quanto antes.
Você pode escolher entre seis personagens, bem distintos para ser sincero, e depois, pode selecionar alguns esquemas pré-definidos de cores para cada um, um nome, e pronto.
Até a tela de seleção lembra muito a versão do jogo D&D: Tower of Doom, mas a qualidade subiu muito de nível. Viva a tecnologia, recriando tempos medievais fantásticos cada vez mais incríveis
Embora as opções de modificação sejam muito limitadas quando falamos da parte visual, a situação é diferente quando tratamos das mecânicas. Cada personagens possui características únicas, mas você também pode dar características ainda mais exclusivas a eles na guilda, usado pontos que você ganha ao subir de nível ou depois de realizar side-quests.
O número de opções aqui é grande, e são divididas entre habilidades exclusivas daquela classe e habilidades gerais. Recomendo que dediquem um tempo lendo essas descrições, e também admirando as cartas, cada uma possui artes únicas, e podem transformar muito como você joga com cada personagem, habilitando e melhorando golpes especiais, ou habilidades passivas.
E o mais importante, a sua pontuação final. Neste jogo, sua pontuação final é a coisa mais importante para sua progressão, pois é o seu número de pontos que vai definir o volume de experiência que você vai receber quando retornar a cidade. É uma maneira bem diferente de ganhar níveis, onde matar inimigos não garante experiência de maneira direta, mas isso aumenta o desejo de explorar cada fase o máximo possível na busca por tesouros e itens escondidos.
Outras mecânicas únicas deste jogo são Rannie e as runas, e cada um deles torna o jogo uma experiência ainda mais chamativa. Rannie é um ladrão que acompanha o/a personagem principal. E é com ele que você vai abrir as portas e baús espalhados pelo jogo. É um tanto estranho ter ele na tela apenas para essas funções, as vezes isso é incomodo, afinal, você precisa selecionar o que quer que ele abra, e você faz isso usando o analógico direito no PS3 e no VIta, mas, no Vita, você também pode tocar na tela para essa função.
Mais à frente, uma fada passa a te acompanhar, seu nome é Tiki, e ela habilita outra parte interessante da jogabilidade: Runas! Em praticamente todas as "salas" que você entrar, você vai encontrar algumas runas nos cenários. Se você colocar o ícone de seleção sobre elas e confirmar, vão aparecer algumas outras runas sob seu personagem, e você pode combinar as runas na parede com as runas que você tem, embora essas runas precisem ser compradas primeiro. Essas combinações levam aos mais variados efeitos.
Existem algumas áreas onde o uso delas é obrigatório para a progressão, mas, no geral, elas existem para garantir efeitos positivos variados durante as batalhas, como acabar com mortos vivos, regenerar HP, criar moedas, petrificar inimigos entre outros. É uma parte fantástica da jogabilidade pois, algumas salas podem gerar efeitos diferentes dependendo das runas usadas, mas muitas vezes o HUD do jogo atrapalha, e muito, o uso das mesmas, o que acaba quebrando o fluxo do jogo em vários momentos já que você fica tentando clicar nas runas, mas acaba sempre preso pelos ícones no topo da tela.
O número de opções aqui é grande, e são divididas entre habilidades exclusivas daquela classe e habilidades gerais. Recomendo que dediquem um tempo lendo essas descrições, e também admirando as cartas, cada uma possui artes únicas, e podem transformar muito como você joga com cada personagem, habilitando e melhorando golpes especiais, ou habilidades passivas.
E o mais importante, a sua pontuação final. Neste jogo, sua pontuação final é a coisa mais importante para sua progressão, pois é o seu número de pontos que vai definir o volume de experiência que você vai receber quando retornar a cidade. É uma maneira bem diferente de ganhar níveis, onde matar inimigos não garante experiência de maneira direta, mas isso aumenta o desejo de explorar cada fase o máximo possível na busca por tesouros e itens escondidos.
Outras mecânicas únicas deste jogo são Rannie e as runas, e cada um deles torna o jogo uma experiência ainda mais chamativa. Rannie é um ladrão que acompanha o/a personagem principal. E é com ele que você vai abrir as portas e baús espalhados pelo jogo. É um tanto estranho ter ele na tela apenas para essas funções, as vezes isso é incomodo, afinal, você precisa selecionar o que quer que ele abra, e você faz isso usando o analógico direito no PS3 e no VIta, mas, no Vita, você também pode tocar na tela para essa função.
Mais à frente, uma fada passa a te acompanhar, seu nome é Tiki, e ela habilita outra parte interessante da jogabilidade: Runas! Em praticamente todas as "salas" que você entrar, você vai encontrar algumas runas nos cenários. Se você colocar o ícone de seleção sobre elas e confirmar, vão aparecer algumas outras runas sob seu personagem, e você pode combinar as runas na parede com as runas que você tem, embora essas runas precisem ser compradas primeiro. Essas combinações levam aos mais variados efeitos.
Existem algumas áreas onde o uso delas é obrigatório para a progressão, mas, no geral, elas existem para garantir efeitos positivos variados durante as batalhas, como acabar com mortos vivos, regenerar HP, criar moedas, petrificar inimigos entre outros. É uma parte fantástica da jogabilidade pois, algumas salas podem gerar efeitos diferentes dependendo das runas usadas, mas muitas vezes o HUD do jogo atrapalha, e muito, o uso das mesmas, o que acaba quebrando o fluxo do jogo em vários momentos já que você fica tentando clicar nas runas, mas acaba sempre preso pelos ícones no topo da tela.
Como dito anteriormente, o foco deste jogo está no multi-jogador, assim, o próprio jogo meio que força isso mesmo no single player. Durante as fases você vai encontrar esqueletos, que podem ser reanimados pela Sorceress, ou podem ser recolhidos. Se você escolher a segunda opção, você pode ressuscitar os mesmos para que se tornem aliados, ou pode enterra-los para ter a chance de ganhar alguns itens, que, no geral, não são grande coisa.
Mas caso você tenha montado uma equipe de não mortos para te ajudar, e olha que dá pra ser bem variado ai, afinal, cada esqueleto tem habilidades e equipamentos diferentes, eles podem se juntar a você automaticamente durante uma dungeon, ou você já pode ir com seu time montando logo de início. Mas claro, essas opções podem ser desligadas, permitindo um jogo solo.
Mas caso você tenha montado uma equipe de não mortos para te ajudar, e olha que dá pra ser bem variado ai, afinal, cada esqueleto tem habilidades e equipamentos diferentes, eles podem se juntar a você automaticamente durante uma dungeon, ou você já pode ir com seu time montando logo de início. Mas claro, essas opções podem ser desligadas, permitindo um jogo solo.
Indo trabalhar com o pessoal. Essa rotina... |
Pena que esse sistema não permite que você use os personagens que você criou, assim, não dá para fazer com que eles ganhem XP junto com você em uma única jogada, o que te obriga a jogar com eles separadamente tudo de novo. Claro que o jogo permite que outros três jogadores se juntem a sua jogatina, de modo local ou pela internet, inclusive com cross play entre Vita e PS3. Um outro problema é que o número extra de personagens podem tornar a tela uma verdadeira insanidade em certas situações, assim, você pode facilmente se perder durante lutas mais animadas. E no Vita existe uma certa lentidão durante os momentos mais extremos, mas isso também acontecia no Muramasa Rebirth, mesmo fora das batalhas. Um pouco incomodo, mas compreensível para um jogo que foi portado do PS3 para um portátil.
Se você tiver um time com uma Sorceress e um Wizard, chefes como esse caem fácil, mas o problema é saber aonde seu personagem está para ajudar na luta
A variabilidade dos personagens possibilita a criação de mecânicas de times complexas para um beat'em up. Alguns personagens podem ser rápidos, outros podem atacar a distância, ou em área, e isso sem contar habilidades, itens e equipamentos que podem trazer uma cara bem diferente para os mesmos. As diferenças entre as classes realmente não são cosméticas, pena que o jogo demanda muito grind para abrir a maior parte das possibilidades, assim, se prepare para repetir dungeons várias vezes até que você consiga realmente perceber as potencialidades daquele personagem.
A arte neste jogo é realmente fora de sério, mas o som também não fica atrás, com uma trilha sonora que merece ser lembrada, além de efeitos sonoros de qualidade. Além disso, o jogo permite que você use vozes japonesas ou norte americanas para os personagens durante a criação dos mesmos, e também apresenta vozes diferente para a narração, sendo essas as vozes dos seis personagens, o que dá uma cara um pouco diferente ao conto, embora, ainda sim, pela curta história não chega a fazer muita diferença, ainda sim são belos toques que deixam o jogo ainda mais chamativo.
E claro, este jogo é uma carta de amor a D&D e coisas relacionadas a aventuras medievais, assim, não se surpreenda a ver pequenas referências a jogos da série Elder Scrolls, mas uma das melhores referências do game é relacionada a um certo filme do grupo inglês Monty Python, e eu vou deixar que você descubra.
Sério, a trilha sonora é realmente fantástica
Mas como todo grande trabalho, ele possui pontos positivos e negativos, ainda assim, as pessoas que tem um PS Vita ou um PS3 que decidirem ter esse jogo em usas coleções podem ter certeza que vão ter escolhido uma das experiências mais ricas que apareceram na geração passada, mas se prepare para ter que jogar as mesmas fases dezenas de vezes, o que é muito bom para os amantes do grinding. Talvez a melhor maneira de aproveitar este jogo seja em pequenas doses, por um bom tempo.
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