Apresentação de Seruttia - Carta para Variagan
Apresentação: Seruttia
Apresentação: Seruttia
Carta para o aprendiz Variagan , Neto de Tempestade-de-Fogo, herdeiro da Espada Flamejante, e corporal dos Sunmo - Presente no monastério Io Sin Tae, em Tarkoda.
-De Amus Delgamon, Arcanista imperial do Império de Dunkkan
“Salve, Corporal, e como manda a tradição de seu povo
Que o Lobo voe com a graça do Corvo, e o Corvo uive com a ferocidade do Lobo.
Fiquei agraciado com sua aceitação como corporal dos Sunmo. Sei bem que a 'Ordem do Caos', como gostamos de chamar nos círculos arcanistas, abomina qualquer direito oriundo de sangue e tendo o avô que tens, imagino que a pressão deva ser enorme.
Mas deve estar se perguntando o que me levou a escrever essa carta.
Entendes, Corporal, que tenho um pouco mais de fé em seus talentos que a Ordem a qual pertence. Creio que não há ninguem com melhor... potencial para estar à frente dos Sunmo num futuro próximo, e quem sabe até mais. Venho nessa carta, então, oferecer uma... maneira, por assim dizer, que planejar sua peregrinação pelas principais localidades desse pelo mundo que chamamos de Seruttia.
Por quê estou te ajudando? Ah, um dia descobrirá, aprendiz. Em seus tenros 16 anos não sabes das mecânicas políticas desse grande mundo, tampouco sonhas em compreender as complexas diplomacias que temos aqui em Dunkkan...
Comecemos, sim? Espero que não esteja cansado ao ler essa carta, acredito que irá ficar extensa. Tenho todo o tempo do mundo: A Magia Arcana pode não ser tão charmosa quanto a Anímica esses dias, mas ainda consegue ser bem útil em tarefas cotidianas. Sou um feiticeiro desde meus 19 anos, e um Arcanista desde os 60 e francamente, ainda me delicio em poder movimentar as penas sem tocar nelas. Sim, também podemos fazer isso, nossa profissão não está fechada em somente artilharia e runismo, como acredito que saiba...
Perdoe, estou sendo prolixo. Admiro escrever uma boa carta para um rapaz tão prodigioso e acho que tive duas ou três chances em toda minha longa vida. Imagino que entendas como é. Quero aproveitar o máximo disso. O máximo dessa atividade.
Voltando ao assunto em questão, é de meu entendimento que planeja uma peregrinação por Seruttia, conhecer os lugares no qual terá que agir sobre em um futuro próximo. Desde sua casa em Tarkoda, no extremo oeste, até o extenso Deserto de Pshan, em Sandstar, passando por Hoshélm no Sétimo Santuário e as grandes pradarias de nosso próprio continente, Falaran. Venho aqui nessa carta te sugerir, se me permite tamanha liberdade, um itinerário, e vou gastar o tempo te explicando o por quê cada lugar é, em potencial, interessante.
Visto que está em Io Sin Tae, no sul do Aglomerado em Tarkoda, sugiro que comece por aí mesmo.
Tarkoda é um ótimo continente. Pequeno, comparado com as gigantescas massas de terra de Narmul ou do Sétimo Santuário, mas cheio de eventos. É de nosso conhecimento que é um local com uma intensa atividade anímica, e por mais que isso não nos interesse, é digno de marcação. Os 'Yi Gao Dhuen', ou 'Sumo-invocadores' em língua Fallan, são um ótimo exemplo de como essa magia anímica 'ambiental' atinge a vida de todos. Suas capacidades de invocação são memoráveis, e todos nós sabemos o que isso desencadeou: Uma intensa e longa guerra feudal, onde sempre que um Yi Gao Dhuen nasce e cresce, invoca um exército poderoso e destrona um outro. Sempre que um é mais poderoso, dois se juntam de maneira efêmera e o aniquilam. Uma guerra sem fim que já durou uma era, e não deve acabar enquanto tentarem manter a política da 'Paz mediante maior exército'...
Mas temos o Aglomerado, não é mesmo? Esse lindo arquipélago com a ilha central, Dheong Subogan. Estás na menor, não é? Goi Gom Subogan se me lembro bem. Não sou muito bom em Veilan... Mas esse arquipélago é realmente especial. Acredito que é o único lugar onde a cultura tarkodan pode crescer e aflorar sem mais problemáticas, sem sofrer com a Guerra dos Invocadores. Por mais que a principal massa de terra (chamam de o Crescente, não é? Pelo formato?) seja sim povoada com com umas poucas vilas e várias fortalezas e castelos na fabulosa arquitetura tarkodan, é o Aglomerado que me anima. Pradarias e planícies verdejantes, lindas plantações de arroz... Ah, um lugar tão belo e evoluído, sabe? Já pensei muito em morar aí. Mas os deveres em Dunkkan me pressionam...
Minha sugestão então é essa. Visite Tarkoda, conheça o Crescente, quem sabe conheça alguns Sumo-Invocadores, veja como é toda essa política. Deve ser uma experiência sem igual.
Como segundo destino, An’doz e suas belíssimas ilhas parecem ser um ótimo objetivo. Eles estão em um procedimento de guerra faz alguns anos, também, mas essa é imensamente mais tranquila que a Guerra dos Invocadores. Se é que podemos chamar uma guerra de tranquila, não é mesmo?
Os três principais arquipélagos, Norte, Central e Sul, são todos cheios das mais maravilhosas experiências. Mas tem que saber aproveitar, não é pra qualquer um. As comidas apimentadas dos Bahadur são interessantes, realmente, e o escudo ornamental deles é um souvenir e tanto. Tenho dois em meu escritório, e até o Artífice Imperial se surpreende com a complexidade de seu sistema, pra um povo tão primitivo. Imagino como os Llomer se sentiram quando chegaram lá, na Segunda Diáspora Fallânica...
E imagino como se sentem agora com o conflito. O Código é realmente a maneira mais graciosa de se travar um combate e acho curioso o Império do Dragão querer agir lá mediante uma facção que atende ao Código. Tenho 80 anos e não entendo. Jamais vou entender a mente de Magonh’ron Dogrn Mog’thodn. O pai dele era um pouco mais direto nessas questões, e o avô dele, assim como o seu, tem seu nome conhecido por eras. Mas enfim, de novo eu e minhas divagações... Devia começar a escrever manualmente, talvez seja mais sucinto.
Quando se cansar dos navios e do mar, eu sugiro ir para Sandstar. Não só o clima será menos chocante, mas será seu primeiro destino que não está irrompido em guerra. Ah, as coisas realmente são mais fáceis, se o Deserto de Pshan, que cobre tanto da área de Sandstar, não fosse tão... agressivo.
Mas isso nunca foi de importância para os Sandinos, e tampouco para os Damascus, os nativos. Eu gosto de usar as nações de lá como os melhores exemplos de superação. Sabia que foi um sandino, o inventor dos óculos? Só consigo enxergar bem hoje por causa deles. Acho que vai ser bom uma visita lá não só para conhecer os pontos mais ao sul do mundo conhecido, mas para provar sua aptidão física. A cada 3 anos, o Deserto de Pshan é atravessado a pé por um grupo de seguidores da doutrina do próprio Pshan. É uma viagem de três meses, se não me engano, e uma das piores – e melhores ao mesmo tempo – experiências que o hemisfério sul pode prover.
Finalizado isso, por quê não vir me visitar, em Falaran? O Antigo Continente é um espaço relativamente tranquilo, ao final d’ O Rugido (no qual lutei, como um feiticeiro aprendiz, sabia?). É um continente bem variado, eu diria, com as históricas cidades de Ash’Falarn , tão velhas quanto as eras. E quem sabe depois o nosso grande Império de Dunkkan e seu pesadíssimo exército. A República de Felus também é interessante visitar pela diversidade cultural, mas eu evitaria conhecer Kullback, por mais que eles pareçam estar mais tímidos em relação à política externa, é um local escuro e maligno. Os Libertadores, como gostam de ser chamados, ainda estão vivos – malditos sejam, viverão por eras – e atuantes.
Rônn, ao norte, é um lugar interessante. Conhece o Túnel dos Anões? É uma das três maiores obras de engenharia de Seruttia, uma sendo o Muro dos Puros, em Seventh Sanctum, e a outra sendo a Whuo Dao Schuen (Escola Completa) em Tarkoda. Os Anões do Aço, Khuzdaer, na língua anã, tomaram aquela área como a deles faz muito tempo e eu ainda acho que o reinado deles será o mais longo nesse mundo.
Ao visitar a todos, termine vindo até aqui. Fico na grande capital nova do império de Dunkkan, “Domnir”, nomeada pelo maul de nosso primeiro imperador. Vai me encontrar facilmente, fico na Espiral Arcana, no palácio. Eu te esperarei no próximo ano...
Falaremos sobre sua viagem à Narmul e Seventh Santum, e talvez até á Eeriehold, e seu futuro. Você é, sim, um rapaz de grande potencial. O sangue de Tempestade –de-fogo está em suas veias, e sei que isso é de alguma valia...
Tem que ser.
Até breve, Corporal.
Apresentação: Seruttia
Carta para o aprendiz Variagan , Neto de Tempestade-de-Fogo, herdeiro da Espada Flamejante, e corporal dos Sunmo - Presente no monastério Io Sin Tae, em Tarkoda.
-De Amus Delgamon, Arcanista imperial do Império de Dunkkan
“Salve, Corporal, e como manda a tradição de seu povo
Que o Lobo voe com a graça do Corvo, e o Corvo uive com a ferocidade do Lobo.
Fiquei agraciado com sua aceitação como corporal dos Sunmo. Sei bem que a 'Ordem do Caos', como gostamos de chamar nos círculos arcanistas, abomina qualquer direito oriundo de sangue e tendo o avô que tens, imagino que a pressão deva ser enorme.
Mas deve estar se perguntando o que me levou a escrever essa carta.
Entendes, Corporal, que tenho um pouco mais de fé em seus talentos que a Ordem a qual pertence. Creio que não há ninguem com melhor... potencial para estar à frente dos Sunmo num futuro próximo, e quem sabe até mais. Venho nessa carta, então, oferecer uma... maneira, por assim dizer, que planejar sua peregrinação pelas principais localidades desse pelo mundo que chamamos de Seruttia.
Por quê estou te ajudando? Ah, um dia descobrirá, aprendiz. Em seus tenros 16 anos não sabes das mecânicas políticas desse grande mundo, tampouco sonhas em compreender as complexas diplomacias que temos aqui em Dunkkan...
Comecemos, sim? Espero que não esteja cansado ao ler essa carta, acredito que irá ficar extensa. Tenho todo o tempo do mundo: A Magia Arcana pode não ser tão charmosa quanto a Anímica esses dias, mas ainda consegue ser bem útil em tarefas cotidianas. Sou um feiticeiro desde meus 19 anos, e um Arcanista desde os 60 e francamente, ainda me delicio em poder movimentar as penas sem tocar nelas. Sim, também podemos fazer isso, nossa profissão não está fechada em somente artilharia e runismo, como acredito que saiba...
Perdoe, estou sendo prolixo. Admiro escrever uma boa carta para um rapaz tão prodigioso e acho que tive duas ou três chances em toda minha longa vida. Imagino que entendas como é. Quero aproveitar o máximo disso. O máximo dessa atividade.
Voltando ao assunto em questão, é de meu entendimento que planeja uma peregrinação por Seruttia, conhecer os lugares no qual terá que agir sobre em um futuro próximo. Desde sua casa em Tarkoda, no extremo oeste, até o extenso Deserto de Pshan, em Sandstar, passando por Hoshélm no Sétimo Santuário e as grandes pradarias de nosso próprio continente, Falaran. Venho aqui nessa carta te sugerir, se me permite tamanha liberdade, um itinerário, e vou gastar o tempo te explicando o por quê cada lugar é, em potencial, interessante.
Visto que está em Io Sin Tae, no sul do Aglomerado em Tarkoda, sugiro que comece por aí mesmo.
Tarkoda é um ótimo continente. Pequeno, comparado com as gigantescas massas de terra de Narmul ou do Sétimo Santuário, mas cheio de eventos. É de nosso conhecimento que é um local com uma intensa atividade anímica, e por mais que isso não nos interesse, é digno de marcação. Os 'Yi Gao Dhuen', ou 'Sumo-invocadores' em língua Fallan, são um ótimo exemplo de como essa magia anímica 'ambiental' atinge a vida de todos. Suas capacidades de invocação são memoráveis, e todos nós sabemos o que isso desencadeou: Uma intensa e longa guerra feudal, onde sempre que um Yi Gao Dhuen nasce e cresce, invoca um exército poderoso e destrona um outro. Sempre que um é mais poderoso, dois se juntam de maneira efêmera e o aniquilam. Uma guerra sem fim que já durou uma era, e não deve acabar enquanto tentarem manter a política da 'Paz mediante maior exército'...
Mas temos o Aglomerado, não é mesmo? Esse lindo arquipélago com a ilha central, Dheong Subogan. Estás na menor, não é? Goi Gom Subogan se me lembro bem. Não sou muito bom em Veilan... Mas esse arquipélago é realmente especial. Acredito que é o único lugar onde a cultura tarkodan pode crescer e aflorar sem mais problemáticas, sem sofrer com a Guerra dos Invocadores. Por mais que a principal massa de terra (chamam de o Crescente, não é? Pelo formato?) seja sim povoada com com umas poucas vilas e várias fortalezas e castelos na fabulosa arquitetura tarkodan, é o Aglomerado que me anima. Pradarias e planícies verdejantes, lindas plantações de arroz... Ah, um lugar tão belo e evoluído, sabe? Já pensei muito em morar aí. Mas os deveres em Dunkkan me pressionam...
Minha sugestão então é essa. Visite Tarkoda, conheça o Crescente, quem sabe conheça alguns Sumo-Invocadores, veja como é toda essa política. Deve ser uma experiência sem igual.
Como segundo destino, An’doz e suas belíssimas ilhas parecem ser um ótimo objetivo. Eles estão em um procedimento de guerra faz alguns anos, também, mas essa é imensamente mais tranquila que a Guerra dos Invocadores. Se é que podemos chamar uma guerra de tranquila, não é mesmo?
Os três principais arquipélagos, Norte, Central e Sul, são todos cheios das mais maravilhosas experiências. Mas tem que saber aproveitar, não é pra qualquer um. As comidas apimentadas dos Bahadur são interessantes, realmente, e o escudo ornamental deles é um souvenir e tanto. Tenho dois em meu escritório, e até o Artífice Imperial se surpreende com a complexidade de seu sistema, pra um povo tão primitivo. Imagino como os Llomer se sentiram quando chegaram lá, na Segunda Diáspora Fallânica...
E imagino como se sentem agora com o conflito. O Código é realmente a maneira mais graciosa de se travar um combate e acho curioso o Império do Dragão querer agir lá mediante uma facção que atende ao Código. Tenho 80 anos e não entendo. Jamais vou entender a mente de Magonh’ron Dogrn Mog’thodn. O pai dele era um pouco mais direto nessas questões, e o avô dele, assim como o seu, tem seu nome conhecido por eras. Mas enfim, de novo eu e minhas divagações... Devia começar a escrever manualmente, talvez seja mais sucinto.
Quando se cansar dos navios e do mar, eu sugiro ir para Sandstar. Não só o clima será menos chocante, mas será seu primeiro destino que não está irrompido em guerra. Ah, as coisas realmente são mais fáceis, se o Deserto de Pshan, que cobre tanto da área de Sandstar, não fosse tão... agressivo.
Mas isso nunca foi de importância para os Sandinos, e tampouco para os Damascus, os nativos. Eu gosto de usar as nações de lá como os melhores exemplos de superação. Sabia que foi um sandino, o inventor dos óculos? Só consigo enxergar bem hoje por causa deles. Acho que vai ser bom uma visita lá não só para conhecer os pontos mais ao sul do mundo conhecido, mas para provar sua aptidão física. A cada 3 anos, o Deserto de Pshan é atravessado a pé por um grupo de seguidores da doutrina do próprio Pshan. É uma viagem de três meses, se não me engano, e uma das piores – e melhores ao mesmo tempo – experiências que o hemisfério sul pode prover.
Finalizado isso, por quê não vir me visitar, em Falaran? O Antigo Continente é um espaço relativamente tranquilo, ao final d’ O Rugido (no qual lutei, como um feiticeiro aprendiz, sabia?). É um continente bem variado, eu diria, com as históricas cidades de Ash’Falarn , tão velhas quanto as eras. E quem sabe depois o nosso grande Império de Dunkkan e seu pesadíssimo exército. A República de Felus também é interessante visitar pela diversidade cultural, mas eu evitaria conhecer Kullback, por mais que eles pareçam estar mais tímidos em relação à política externa, é um local escuro e maligno. Os Libertadores, como gostam de ser chamados, ainda estão vivos – malditos sejam, viverão por eras – e atuantes.
Rônn, ao norte, é um lugar interessante. Conhece o Túnel dos Anões? É uma das três maiores obras de engenharia de Seruttia, uma sendo o Muro dos Puros, em Seventh Sanctum, e a outra sendo a Whuo Dao Schuen (Escola Completa) em Tarkoda. Os Anões do Aço, Khuzdaer, na língua anã, tomaram aquela área como a deles faz muito tempo e eu ainda acho que o reinado deles será o mais longo nesse mundo.
Ao visitar a todos, termine vindo até aqui. Fico na grande capital nova do império de Dunkkan, “Domnir”, nomeada pelo maul de nosso primeiro imperador. Vai me encontrar facilmente, fico na Espiral Arcana, no palácio. Eu te esperarei no próximo ano...
Falaremos sobre sua viagem à Narmul e Seventh Santum, e talvez até á Eeriehold, e seu futuro. Você é, sim, um rapaz de grande potencial. O sangue de Tempestade –de-fogo está em suas veias, e sei que isso é de alguma valia...
Tem que ser.
Até breve, Corporal.