Recomendação da Steam Summer Sale - Trine 2
Um salve, meus amados aventureiros! Hoje irei ajudar os senhores no grande mar que é a Steam Summer Sale. Vou apresentar a vocês o jogo de plataforma co-op Trine 2, com excelentes 85% de desconto (na data de confecção desse artigo)!
Trine 2 (2009) é um jogo de plataforma sidescroller, categorizável como ação, puzzle e aventura. Possui duas expansões: Goblin Menace e Director's cut, além de uma versão final: Trine 2: The Complete Story. O jogo ainda será lançado para PS4.
O principal atrativo de Trine 2, e de toda a série, é a diversidade de seus personagens, um cavaleiro beberrão, uma elegante ladina e um cauteloso mago, que unem suas habilidades para vencer os desafios postos, sejam eles violentos, táticos ou intelectuais. A estabilidade do guerreiro e sua força, a destreza e mobilidade da ladina, e a magia cinética do mago e suas capacidades de conjurar objetos são suas armas. Faça bom uso delas, e acredite na Trine!
Vou aproveitar o encejo, e mostrar o trailer do lançamento para PS4, que vai ajudar nessa review.
Os primeiros segundos do trailer dão uma identidade interessante. Desertos e dragões, e então ogros e goblins. É um jogo de alta fantasia, e muitas vezes o elemento de ação está no confronto com os goblinóides e demais inimigos fantásticos do cenário. Na apresentação do guerreiro Pontius, por exemplo, ele enfrenta vinhas amaldiçoadas. Dragões e bruxas são elementos comuns, e muito perigosos.
O grande chamativo do jogo talvez seja sua arte. É simplesmente estonteante!
O cuidado com o detalhe, o clima, a sensação perfeita de profundidade... As vezes nem parece que é um jogo de sidescrolling! Os personagens, por exemplo, são bem claros e diferentes entre si, de maneira a não se confundirem na tela de maneira alguma. Pontos-chave do cenário, como os checkpoints ou os orbes de experiência se destacam.
É realmente interessante como a arte visual do jogo influencia nos puzzles apresentados, e muitas vezes Amadeus, o mago, precisa testar com vários objetos para ver o que pode ser movimentado e o que não pode. Uns diriam que é confuso, eu digo que é imersivo.
Os inimigos e vilões são memoráveis o suficiente devido a sua aparência ameaçadora, muitas vezes. Como visto no trailer, isso se traduz em carros gigantescos entupidos de goblins violentos e dragões gigantes!
A jogabilidade é simples, e nisso ela triunfa. Cada personagem tem três ou quatro ações somente, como a criação de objetos ou um arremesso de martelo. É a combinação dessas poucas ações com o cenário bastante interativo, e, se possível, com outros jogadores, que as coisas ficam interessantes. Amadeus, o mago, pode criar caixas de metal que o guerreiro Pontius magnetiza e arremessa, com Zoya, a ladina, em cima, para que ela possa saltar e se agarrar em um teto e obter aquele dificílimo orbe de experiência.
E falando em orbes de experiência, estes são colecionáveis, estáveis ou móveis no cenário, que, se coletados, fazem seu personagem ganhar níveis, conferindo pontos para a obtenção de novas habilidades.
Amadeus pode criar mais objetos ou prender monstros; Zoya pode atirar flechas de gelo ou criar campos gravitacionais (SUPER OP), e Pontius pode aprender a planar com seu escudo. A evolução do personagem não é exatamente linear, mas não existe customização - faz sentido, em um jogo focado na história desses três personagens. Assim como todo jogo que confia mais em habilidade do que em evolução e grind (DANE-SE, BLIZZARD. DANE-SE), a aquisição do know-how dos personagens pode ser um pouco complicada. Até hoje, depois de ter virado o jogo com meus amigos, não manjo muito das mobilidades de Zoya, e eu não combatia muito bem com Amadeus! Por isso, ter amigos é ainda melhor - especialização!
Mas, agora, vamos falar um pouco da história do Trine 2. Trine é um artefato mágico, aparentemente consciente, que é ativado quando o reino está em perigo. Ele selecionou três aventureiros, os já mencionados, para resolver os problemas. Trine é a deus ex machina em pessoa - ou melhor, em artefato. em Trine 2, ela reúne os aventureiros que já tinham salvado o reino mais uma vez e os deposita em uma floresta encantada, onde coisas parecem estar saindo de controle. Não vou dar spoilers, mas nunca vi uma história desbirutar tão rapidamente. O jogo não tem um enredo denso ou pesado, mas é cômico e simples, história de contar para criança. Todo o cenário é construído em alta fantasia com um apelo leve, salvo os goblinoides querendo enfiar lanças em lugares impróprios ou seu corpo sendo engolido por chamas de um dragão mecânico. Faz parte.
Por fim, Trine é uma ótima escolha para uma noitada com os amigos, mas pelo seu caráter de puzzle oferece pouco fator de replay. Eu joguei uma vez com outros dois amigos para virar o jogo, e virei outra sozinho para apreciar a história, pelo desafio de vencer sozinho, e para melhor aproveitar o ótimo áudio e a arte.
E jamais se esqueçam: diversão é tudo!
