Análise de Beyond: Two Souls
Saudações galera, o texto de hoje é uma análise do recém lançado Beyond: Two Souls. O jogo não é inovador para quem já jogou outros games de David Cage, que também é o responsável por Indigo Prophecy e Heavy Rain. BTS é um jogo de ação/aventura em terceira pessoa que tem como carro chefe as quick time events (ou quick time actions). Foi desenvolvido pela Quantic Dream e distribuído pela Sony, lançado dia 08/10/2013. Ellen Page (A Origem) e Willem Dafoe (Homem Aranha) são os protagonistas desse projeto que conta com ação, drama e mistério. O grande diferencial de Beyond é a qualidade da captura de movimentos faciais e corporais em tempo real, o que tornou a parte gráfica, especialmente os personagens, muito bem feitos. Lembrando que BTS é exclusivo para PS3. Bom, vamos começar!
Enredo
Podemos classificar o enredo de BTS como simples, mas muito bem conduzido. Assumimos o papel de Jodie Holmes, uma garota que desde sua infância vive uma vida conturbada e difícil em diversos aspectos, principalmente emocionais. Desde seu nascimento ela é acompanhada por uma entidade chamada Aiden, que sempre a protege das mais diversas situações, mas que de alguma forma acaba prejudicando o andamento de sua vida normal.
Jodie sendo submetida a testes quando criança |
Acompanhamos a jornada de Jodie dos 8 aos 23 anos de idade, sem uma ordem cronológica no gameplay. Logo após seu nascimento, Jodie é alocada em uma família adotiva que deveria cuidar dela e observar sua evolução. Porém, com as constantes ações realizadas por Aiden, seus pais adotivos decidem abrir mão de sua guarda legal. É aí que entra em cena Nathan Dawkins, pesquisador do DPA (Department of Paranormal Activities), que a partir daquele momento passa a cuidar de Jodie em tempo integral juntamente com seu colega de pesquisa Cole Freeman.
Nathan Dawkins é uma espécie de pai para Jodie |
O enredo foca muito no drama porque Jodie vive uma vida infeliz, nunca pode sair da base, sempre tem que se dispor a fazer vários testes, não tem amigos ou contato com o mundo externo. Quando já é mais velha, a CIA, que controla o DPA, resolve recrutar Jodie porque entende que suas habilidades em campo seriam uteis. Mais uma vez, contra vontade, ela segue seu novo caminho, agora como agente da CIA.
O jogo segue nessa levada, com Jodie criança, adolescente e adulta tentando descobrir respostas sobre os enigmas que a cercam e também tentando se libertar daquele tipo de vida, de rato de laboratório. Sobre a história sem spoilar, é isso que posso dizer. O enredo é muito interessante porque é carregado de diversos mistérios que aos poucos acabam se revelando. Apesar de ter gostado muito do jogo, entendo que esse conceito funcionaria melhor em um filme justamente pelo fato que o gameplay não é o fator principal, diferente de Heavy Rain, por exemplo, que tem o formato parecido mas que dá uma gama maior de ações para o jogador. A proposta inicial da história é entendida facilmente e nas horas certas são revelados pontos mais profundos.
Gráficos
Tento me abster de ler análises de outros portais da internet, porque de uma forma ou de outra corro o risco de me deixar influenciar pela opinião dos outros, mas fiquei muito curioso em saber o que as outras pessoas tinham achado dos gráficos. Bom, pelo levantamento que eu fiz a parte gráfica foi uma unanimidade, positivamente falando. Achei a parte gráfica realmente impressionante, BTS fecha com chave de ouro essa geração de consoles. Os cenários são belíssimos, há uma diversidade gigantesca de lugares diferentes que podemos visitar. Desde ruas tradicionais dos EUA em dias de sol, neve ou chuva, até desertos muito bem construídos. Os cenários seriam ainda mais perfeitos se o jogo proporcionasse uma maior exploração deles, o que não é possível. Mas o que realmente impressiona são os personagens. Como o jogo foi feito com captura de movimentos faciais e corporais, a precisão das expressões e dos movimentos são praticamente perfeitos. Até os personagens secundários são impecáveis, o que chama a atenção porque normalmente os protagonistas são sempre nota 10 e os coadjuvantes são feitos de qualquer jeito. Não há o que reclamar da parte gráfica, está tudo muito bem feito, o único destaque negativo é não podermos explorar essa potencialidade gráfica em forma de exploração de cenários.
Jogabilidade
Simples e meio estranha, em resumo, mas não chega a ser ruim. Não há muito o que explicar sobre a mecânica do jogo. Podemos andar, interagir com alguns poucos elementos no cenário que nos encontramos e em alguns momentos muito específicos podemos correr. O controle do jogo baseia-se nos dois analógicos, um para movimentar Jodie, outro para realizar as ações quando necessário, apenas isso. Em alguns momentos é difícil de controlar Jodie com fluidez, as coisas funcionam de uma forma meio travada. Mas nada que comprometa na qualidade do game. Já nos momentos das quick time events (ou quick time actions) nos será solicitado apertar uma sequência de botões na hora certa para realizarmos as ações corretas. Tudo é muito simples, e mesmo que a sequência de botões não seja apertada da forma precisa, não há uma consequência para o erro. Dentro do quesito jogabilidade a física do jogo é um dos melhores itens. Explosões, socos, esquivas, enfim, qualquer ação nesse sentido tem coerência. A câmera é mais panorâmica, existe um cenário, um quarto, por exemplo, onde podemos ver todo o lugar e controlar Jodie através dele. Não é o melhor sistema de posicionamento de câmera mas não é algo que comprometa.
Não há, curto e grosso. A maior prova que não há dificuldade é que não podemos morrer, não existe game over da forma como conhecemos. O jogo sempre proporciona alguma alternativa caso você faça tudo errado na cena. Poe exemplo, em uma cena de luta temos que apertar botões, acertar movimentos com o analógico, etc. Mas se errarmos todos os movimentos, sempre haverá algo que fará com que você vença a luta de uma forma ou de outra. Na pior das hipóteses, quando o jogador fud@#$r tudo, ainda assim Aiden vai aparecer e você terá que consertar os erros do player 1. Isso se dá muito pela visão dos criadores do jogo, eles acreditam que o Game Over é um jeito de dizer que o jogador jogou de forma errada. Os produtores de Beyond não queriam que isso acontecesse, não há uma forma errada de jogar, apenas diferentes formas certas. Nunca achei frustrante morrer quando eu errava, muito menos achei frustrante a possibilidade de não morrer nesse jogo, então whatever. Em resumo, a jogabilidade com todas essas questões que eu apresentei definitivamente não compromete o jogo, mas de fato não é uma obra-prima nesse sentido.
Impossível qualquer jogador não terminar o game em um dia, dois no máximo. Mas isso porque a história é envolvente, prende o jogador a ponto de querermos saber o que vai acontecer em seguida. Quando qualquer game consegue me fazer querer jogar dessa forma para eu saber o que vai acontecer, já considero um ótimo jogo. São mais ou menos 10 horas de gameplay, mas o que dá uma vida útil ao game são os diversos finais que existem. Seis ao total, que são moldados dependendo de algumas escolhas especificas que são feitas durante a história. Apenas 10 horas eu considero pouco, mas como temos a possibilidade de jogar 6 vezes, não há o que reclamar sobre isso.
Jodie Holmes: Jodie é a personagem principal, protagonizada por Ellen Page via captura de movimentos. Desde que nasceu se comunica com uma entidade chamada Aiden e passa sua vida toda enclausurada devido a essa habilidade.
Nathan Dawkins: um cientista do governo que trabalha com Jodie para analisar os seus poderes, e age como um pai substituto através do jogo. É interpretado por Willem Dafoe via captura de movimentos.
Cole Freeman: agente governamental dos EUA, que investiga atividades paranormais. Trabalha com Nathan e se mostra muito preocupado com Jodie.
Aiden: Aiden é uma entidade sobrenatural ligada Jodie desde muito nova. Pouco se sabe sobre Aiden, além de que Jodie é a única pessoa que consegue comunicar com ele.
Da minha parte era isso, espero que vocês tenham gostado, grande abraço e.......tchau.
Dificuldade
Não há, curto e grosso. A maior prova que não há dificuldade é que não podemos morrer, não existe game over da forma como conhecemos. O jogo sempre proporciona alguma alternativa caso você faça tudo errado na cena. Poe exemplo, em uma cena de luta temos que apertar botões, acertar movimentos com o analógico, etc. Mas se errarmos todos os movimentos, sempre haverá algo que fará com que você vença a luta de uma forma ou de outra. Na pior das hipóteses, quando o jogador fud@#$r tudo, ainda assim Aiden vai aparecer e você terá que consertar os erros do player 1. Isso se dá muito pela visão dos criadores do jogo, eles acreditam que o Game Over é um jeito de dizer que o jogador jogou de forma errada. Os produtores de Beyond não queriam que isso acontecesse, não há uma forma errada de jogar, apenas diferentes formas certas. Nunca achei frustrante morrer quando eu errava, muito menos achei frustrante a possibilidade de não morrer nesse jogo, então whatever. Em resumo, a jogabilidade com todas essas questões que eu apresentei definitivamente não compromete o jogo, mas de fato não é uma obra-prima nesse sentido.
Trilha sonora
Muito boa, digna de um filme de Hollywood. A trilha foi feita exclusivamente para o game. Nota 10 mesmo.Horas de jogo
Impossível qualquer jogador não terminar o game em um dia, dois no máximo. Mas isso porque a história é envolvente, prende o jogador a ponto de querermos saber o que vai acontecer em seguida. Quando qualquer game consegue me fazer querer jogar dessa forma para eu saber o que vai acontecer, já considero um ótimo jogo. São mais ou menos 10 horas de gameplay, mas o que dá uma vida útil ao game são os diversos finais que existem. Seis ao total, que são moldados dependendo de algumas escolhas especificas que são feitas durante a história. Apenas 10 horas eu considero pouco, mas como temos a possibilidade de jogar 6 vezes, não há o que reclamar sobre isso.
Personagens
Vou destacar apenas quatro personagens. Poderia dar ênfase em outros tantos, mas se fizer isso posso estragar a surpresa do futuro jogador de conhecer cada um e suas intenções no universo do jogo.Jodie Holmes: Jodie é a personagem principal, protagonizada por Ellen Page via captura de movimentos. Desde que nasceu se comunica com uma entidade chamada Aiden e passa sua vida toda enclausurada devido a essa habilidade.
Nathan Dawkins: um cientista do governo que trabalha com Jodie para analisar os seus poderes, e age como um pai substituto através do jogo. É interpretado por Willem Dafoe via captura de movimentos.
Cole Freeman: agente governamental dos EUA, que investiga atividades paranormais. Trabalha com Nathan e se mostra muito preocupado com Jodie.
Aiden: Aiden é uma entidade sobrenatural ligada Jodie desde muito nova. Pouco se sabe sobre Aiden, além de que Jodie é a única pessoa que consegue comunicar com ele.
Avaliação final
Beyond: Two Souls é um ótimo jogo, com uma história muito boa, porém, com algumas ressalvas. O cenário e os personagens são ótimo, mas deveria ter sido trabalhada uma maior liberdade dentro da magnifica parte gráfica. É como termos uma casa linda e perfeita mas não podermos entrar nem explora-la. A dificuldade é subjetiva, alguns vão gostar da proposta do game, outros não. A jogabilidade não acompanha os gráficos, que são nota 10. Os personagens são ótimos e com personalidades próprias, o que agrega muito ao jogo. Eu recomendo que quem está em dúvida jogue esse jogo, porque apesar de alguns problemas, é uma game obrigatório para quem possui PS3.Nota Final: 8/10
Da minha parte era isso, espero que vocês tenham gostado, grande abraço e.......tchau.