Abrindo o baú - Zombies Ate My Neighbors


Olá pessoal, Okami aqui! 

Quando nos lembramos da nossa infância, logo vêm à mente aqueles jogos que marcaram nossas vidas e moldaram alguns dos nossos gostos. Zombies Ate My Neighbors cumpre esta função muito bem! Se você não conhece esta obra prima do SNES/Mega Drive, vai uma breve descrição: Publicado pela Konami em 1993, Zombies Ate My Neighbors é um shooter com elementos de ação que pode ser jogado de uma ou duas pessoas, em que o objetivo de Zeke e Julie é salvar os vizinhos de uma invasão zumbi.


Até aí tudo bem, mas então vocês se perguntam: Qual é a graça de fazer a mesma coisa em 55 fases? Eu lhes respondo: MUITAS ARMAS DIFERENTES, MUITOS VIZINHOS, MUITOS TIPOS DE FASES, MUITOS CHEFES, MUITOS PODERES ESPECIAIS, MUITA DIFICULDADE PRA SALVAR TODOS, MUITA DIVERSÃO E ACIMA DE TUDO, MUITA, MUITA RAIVA DE MORRER ESTUPIDAMENTE PRA TUDO! A dificuldade conforme o jogo avança fica tão alta que ao andar na grama você morre, achando uma caixa de brinquedos você morre, olhando pra frente você morre, enfim, tudo você morre. As vidas são difíceis de serem encontradas e o armamento é bem diversificado, mas mesmo assim é necessário usá-las no momento certo e contra o tipo certo de inimigo. Mas então, com todas as possibilidades de inimigos te matarem, como vou conseguir chegar ao fim destas 55 malditas fases, matar o chefe final (que é o inferno na terra, só pra lembrar) e virar o jogo? Além dos passwords conseguidos em determinadas fases, eis que no grande arsenal de Zeke e Julie surge o melhor amigo do homem: A bazooka! Encontrou o Jason de motosserra cortando tudo? Tiro de bazooka. Viu uma parede e precisa passar por ela pra salvar um dos vizinhos? Tiro de bazooka. Viu uma porta trancada e não tem a chave? Tiro de bazooka. SIM, ATÉ A PORTA VOCÊS PODEM ABRIR COM TIRO DE BAZOOKA! É uma arma excepcional essa tal de bazooka, até bebê gigante ela mata.


Além dela, Zeke e Julie contam com diversas outras “armas” como a pistolinha normal, tomate, picolé, pratos, garfos, spray congelante, cruz pra exorcizar a galera e diversas outras coisas. Há os itens especiais, como os escassos kits médicos, poções da besta roxa (eu chamo assim, o nome real nunca ninguém saberá), bota da velocidade, etc. Relembrando, é MUITA, MUITA COISA. A trilha sonora do jogo é simples, porém cativante e o design é bem anos 90, aquela coisa bonita de se jogar. As referências a filmes de terror/suspense são presentes no jogo inteiro e ele lembra muito o desenho do Scooby Doo, com aquele monte de múmias, lagartos, frankensteins, dráculas. Há muitas passagens secretas, mas geralmente isso implica em inimigos mais fortes e locais de difícil acesso. As fases também são bem diversificadas, fazendo a dupla combater zumbis na cidade, água, pântano, pirâmide, estádio de futebol americano e muitos outros locais, cada um tendo sua própria estratégia e modo de jogo diferente.



Unindo gráficos bonitos e cativantes, jogabilidade fácil e muita variedade, é difícil não gostar deste clássico. Ghoul Patrol, o sucessor deste jogo, não caiu nas graças do público (e isso inclui a minha) tão bem quanto seu antecessor, mas também é um ótimo jogo e tem seu lugar de destaque. Zombies Ate My Neighbors é um jogo para ser jogado muitas vezes, e tanto aqueles jogadores que não tiveram a oportunidade de jogá-lo há 15 anos quanto aquele que já jogou e quer relembrar farão bom proveito dessa experiência.